16.6.09
sistema circulatório
Tens me deixado tão envergonhada com esse teu ar, embriagado de paixão. E vais deixando tanta cor, tanta, como a aguarela que pintas em mim, devagar. Tão corada me deixas, como podes ser tão cortês quando me fazes corar. Espero, em ti, pedaços de vida, és-me mais que a pela ou a carne, és sangue escarlate que me proporciona a vida, que me corre pelas artérias, conduzes-me o sangue sem oxigênio aos pulmões, vais me salvando a pouco e pouco deixando em mim oxigênio de novo, aquela troca que só tu sabes. Vives assim, e sobrevives, porque és tu e sou eu quem nos forma a nós, sim um ser em união. É inutil esta marca de tinta sob a minha pena, escreve e dança, revela tanto, quando escreve e encanta este papel dobrado. Mas são inuteis estas palavras azuis que outrora me eram tão importantes, porque somos um e palavras não designam acções, não são sentimentos são desenhos e nuvens pintadas em ti e em mim, num só papel, juntos porque o somos.
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3 comentários:
Fiquei completamente babada com este texto. So sentimento. Escreves mesmo bem *
Que texto :o
Adorei*
Sem palavras.
Fantástico, escreves muito bem.
Beijinhos
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