Não me precipito logo a dizer que quero um ano, quero uma tarde porque mereço, porque podemos prolongá-la, é demasiado, mas é bom, porque é uma tarde. Quero o nosso para sempre, que não é sempre, mas é ainda, porque continua, e permanece sendo. Vem e volta, quando quer, sabe de cor o caminho, mas não foge, permanece. O para sempre. Tanto já disse. Mas também tanto ficou por dizer dizer, que voas debaixo do tempo, vais me dando a mão e eu aperto-a, porque a quero, e tu deixas. E o vento no cabelo, tanto sabe, mas não publica, não faz intrigas, guarda nele, tanto sabe, mas não revela, porque nos ama. Mas o vento é o nosso "para sempre", eu sei que é ele. E ele sabe também. Porque volta sempre, mas também lhe pedes para voltar, eu alio-me a esse jogo, do para sempre. Deixo-me ir, falo baixo, para ouvi-lo, e sinto-o, é importante. Mas. Como? Oh, não sei. O amor não é assim, é mais voraz, corta mais as palavras, e eu agora tenho tantas. Oh, sei lá. Eu já supus, mas é raro acreditar. O amor é mais egoista, por isso o que sinto não é amor. O vento deve saber, não achas? Ouve lá. Mas ele fala em segredo, como a nossa voz, dança demasiado este vento. Mas o amor, vem devagar, e o que sinto veio depressa. Será? Talvez. Mas eu não sei. O vento sabe. E tu também.
18.6.09
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4 comentários:
Para variar está perfeito, bebecas :)
Para sempre «3
ADOREI :O *
«Mas ele fala em segredo, como a nossa voz, dança demasiado este vento. Mas o amor, vem devagar, e o que sinto veio depressa»
O verdadeiro problema do amor não é o tempo que demora a chegar, mas a intensidade com que dura. O problema do amor é insistir em ficar mesmo quando não é desejado. Isso sim é um problema. Bem, amor ou não, vocês têm o vento, e nunca ninguém sequer imaginou um mundo sem vento, porque o vento é "para sempre" por isso enquanto tiverem o vento, tudo é eterno.
Beijinhos*
Vou ser repetitiva de certeza, escreves maravilhosamente bem!
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